INTERAÇÕES
NAS PRÁTICAS ESCRITAS PARA WEBLETRAMENTO
A educação para as práticas
interacionais no campo da linguagem, da escrita e da leitura na web precisa de investimentos na ordem
metodológica e epistemológica para que se efetive de fato. Assim, pretende-se,
por meio de estudos teóricos, discutir algumas perspectivas que confirmem ou
refute esta tese. Neste raciocínio, escolhe-se, pois, uma senda a ser seguida
nesta sessão: trata-se, na verdade, de uma opção teórico-ideológica, na qual se
vai ao encontro do diálogo com os conceitos teóricos vinculados aos estudos
sobre letramento desde a década de 1980, (Street, 1984); (Soares, 2002),
passando pela ideia de cultura escrita (Chartier, 1998); letramento digital
(Araújo, 2010); letramentos múltiplos (Rojo, 2010) e, posteriormente,
apresenta-se o webletramento[1],
considerando-o como nossa tese, à qual se vincula ao modelo ideológico de
letramento, visto que há nessa prática de escrita na web, relações de poder entre os escreventes.
Fica
aí a provocação àqueles que estudam as práticas de leitura e escrita, ponderando-as
sobre letramento escolar, literário, autônomo, etc. Infere-se que são necessárias
novas pedagogias e, por sua vez, o uso de tecnologias digitais de comunicação
que inovem e orientem o ensino e a prática de escrita e de leitura no espaço
digital, web.
Deste
ponto de vista, objetiva-se a afirmação do conceito de webletramento como a
nova prática de ensino e de aprendizagem de linguagem escrita e de leitura no
contexto de uso das tecnologias de informação e comunicação via uso do computador
e dos dispositivos móveis conectados à internet, para as atividades
educacionais dentro e fora da escola básica brasileira.
A cultura escrita no mundo digital
potencializa aspectos sociais, e, com isso, possibilidades educacionais e
pedagógicas se ampliam à medida que os sujeitos interatuam por meio dessas
novas produções escritas. Escrever tem seus sentidos nestas produções ampliados
para além dos letramentos escolares e literários até então pactuados pela
escola.
[1] Tal termo é aqui aplicado na
perspectiva de que a web potencializa
autonomias cognitiva, intelectual e social em que a escrita e a leitura se
justapõem para a realização de eventos e práticas discursivas em que a produção
de escrita e leitura se torna atividades de resistências aos paradigmas de
ensino e de aprendizagem de escrita até então baseados na ação de ALFA + BETA.
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